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O jovem avista a cabana de Kai e começa a ir em direção a ela.
Cada passo que ele dava mais nervoso ficava.
– Será que Kai me aceitará – pensava o menino – Será que poderei ser forte para me tornar um Guardião?
– O que faz aqui? – Veio uma voz forte logo atrás de Yuri.
Yuri se vira e vê que é o senhor Kai, a única coisa que podia fazer era implorar para ser treinado pelo mestre.
O jovem de cabelos escuros e olhos negros, pequeno e com pernas finas olha para o mestre a sua frente, um homem já com cabelos brancos e apesar da idade aparentava ser bem forte.
Talvez não forte fisicamente, mas uma força interna que poderia fazer seus músculos suportar mais do que aparentava.
Então Yuri respirou e disse:
– Sou Yuri, um jovem de Frenchsphan e preciso me tornar um Guardião…
– O grupo Guardião já foi destruído e não há nada que um garoto tolo e frágil como você possa fazer contra os soldados de Sterphan. Por isso saia da minha frente – disse Kai
– Posso ser fraco, pode ser que eu morra no primeiro confronto… mesmo assim não posso ficar sem tentar – disse Yuri olhando friamente para Kai
– Admiro sua coragem. É mais corajoso que muitos homens que já formaram o grupo Guardião e se acha que vale a pena morrer, então posso te treinar… Mas antes de treinar, terá que fazer algo para mostrar seu valor e testar sua força. Se conseguir fazer o que eu te pedir, te treinarei e então você será testado a todo o momento. – Disse Kai com uma voz sarcástica
– Farei o que for necessário – Disse Yuri
– Muito bem, se você seguir por essa trilha chegará a um rio. Perto desse rio há uma árvore muito grande, bem maior que as outras, e ao lado dessa árvore existem dois baldes. Pegue os baldes e encha com água pela metade, e traga até aqui. Acredito que isso será o suficiente para testar a força de um garoto delicado como você – Disse mestre Kai.
– Mas já está noite…
– Se você veio de Frenchsphan até aqui para me dar uma desculpa para não executar a tarefa, era melhor nem ter vindo. Um guardião deve estar sempre pronto para cumprir suas tarefas!
– Eu irei.
Então Yuri partiu em direção ao rio. A cada passo que dava ele xingava em pensamento o mestre.
– Que droga, aquele maldito… Por que tinha que me dar uma tarefa numa hora dessas? Já é noite! Estou cansado de andar! – pensou Yuri.
Assim que chegou na árvore Yuri procurou pelos baldes.
– Por que aquele velho deixa dois baldes aqui?
Pegou os baldes e os encheu pela metade, como havia mandado o mestre.
No início parecia tarefa fácil, mas depois de andar metade do caminho, os baldes pareciam cada vez mais pesados.
– Eu vou conseguir. Tenho que conseguir.
E assim seguiu o jovem, fazendo o máximo para não desistir.
Assim que chegou, o mestre disse:
– Deixe-me ver os baldes. Estão ainda cheios pela metade?
– Sim, estão – disse Yuri pouco ofegante.
– Parace que o esforço foi um pouco grande para você… Agora que trouxe a água, volte até o rio e jogue a água novamente nele.
– O que? Você não vai usar a água? Se não vai usar por que não jogar aqui mesmo? – Disse Yuri
– Usamos a água para ver se você é forte e resistente. Agora que usamos, devemos colocá-la de volta ao seu lugar. Agora vá e não me incomode mais! – Disse o mestre meio irritado.
E então o jovem foi, de cabeça baixa. E pensando onde se meteu.
Como não podia mais suportar o peso dos baldes, decidiu jogar a água alí mesmo e deixar os baldes onde deveria.
Afinal, não teria como o mestre saber o que a água não fora jogada no rio.
Após jogar a água fora, o peso dos baldes se foram e Yuri pode andar mais rápido e voltar para a cabana.
Assim que chegou a cabana, o mestre veio em sua direção com um ar furioso.
– Por que não jogou a água no rio como eu pedí? – Disse Kai aos berros
– Me pareceu inútil carregar a água até o rio, se eu poderia jogá-la em qualquer lugar – Disse Yuri meio envergonhado
– Inútil? A água possui ao rio e com o rio deve ficar. Se pretende ser um Guardião deve aprender que não se deve desperdiçar as coisas da natureza. E que qualquer ordem, por mais tola que pareça, deve ser obedecida. Numa batalha não há tempo de explicar as coisas, por isso se uma tarefa é pedida, deve ser executada.
– Mas eu não podia suportar mais o peso dos baldes…
– Você é um fraco! Escolheu o caminho mais simples, pedí apenas que levasse a água de volta, não importava o tempo que levasse, poderia ter feito pausas, respirado e depois seguido em frente. Mas preferiu apenas jogar a água fora… Eu avisei que seria testado o tempo todo e você não passou nesse teste. Agora durma, que amanhã terá mais treinamento duro.
– Posso dormir na sua cabana? – Disse a criança já triste.
– Nem pense nisso. Se quer um lugar confortável para dormir, faça sua própria cabana. Isso é um treinamento duro e não um acampamento de crianças.
Então o mestre entrou na cabana e a criança ficou lá fora para dormir coberto pelas estrelas.
janeiro 10, 2009
Categorias: A Vingança de Yuri . Tags:conto, história . Autor: lameduckbat . Comments: 5 Comentários